IMPACTOS DA PANDEMIA NA EDUCAÇÃO
o Brasil e a desigualdade social
DOI:
https://doi.org/10.52641/cadcaj.v7i3.56Palavras-chave:
Pandemia, Educação, Desigualdade Social, BrasilResumo
Trata-se da sistematização de resultados de levantamento dialógico realizado com trabalhadoras e trabalhadores da educação básica e do ensino superior do Estado do Paraná, sejam eles docentes, secretários de escola ou agentes de apoio, por meio de reuniões online ou conversas por WhatsApp, ainda na pandemia e no retorno presencial das aulas, em uma técnica de escuta qualificada, com o objetivo de detectar os problemas surgidos no período decorrente da Pandemia COVID-19. Os sujeitos foram escolhidos estrategicamente, a partir da observação de suas manifestações em reuniões que a pesquisadora participou, pelo fato de ser docente de um curso de pedagogia em instituição pública e por ter longa trajetória na formação continuada de docentes, e, por isso, ter participado de incontáveis reuniões, lives e palestras envolvendo o tema da Pandemia e Educação. Foram convidadas para uma conversa, aquelas pessoas que pareciam mais críticas e de diversificados vínculos (educação básica e ensino superior, municipal, estadual e federal). As perguntas aos participantes tinham como foco os sofrimentos e prejuízos decorrentes da pandemia. A conclusão a que se chegou é que a desigualdade social faz com que as pessoas e famílias menos favorecidas economicamente sejam duplamente penalizadas e que os encaminhamentos e decisões dos gestores educacionais, em geral, são fortemente influenciadas por fatores econômicos e não necessariamente pedagógicos. Constata-se também a total ausência de um Plano Nacional de Recuperação Educacional para atenuar os prejuízos decorrentes da Pandemia e reforça-se a importância do ensino presencial para que se obtenha qualidade de aprendizagem.
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