DINÂMICAS PRODUTIVAS DO DENDÊ NO ESTADO DO PARÁ

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52641/cadcajv8i3.106

Palavras-chave:

Dendê, políticas públicas, Apropriação de Terras, Pará

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar as transformações no meio rural brasileiro decorrentes das dinâmicas da expansão do agronegócio do dendê, na mesorregião Nordeste, no estado do Pará. Em termos de procedimentos metodológicos este trabalho é uma pesquisa exploratória e bibliográfica baseada em estudos e dados secundários. Por fim, os resultados preliminares indicam que a expansão dos plantios de dendê na região representou um avanço do agronegócio com crescente concentração de terra sob controle dos setores empresariais do óleo de palma com vistas a produção de biocombustíveis e de alimentos. A inclusão de agricultores familiares no sistema de plantio do dendê, facilitou a apropriação de terras por parte dos setores ligados a produção de palma.

Biografia do Autor

Andréa Simone Rente Leão, Ufopa

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Pará (1997), mestrado em Ciências com ênfase em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2006) e doutorado em Ciências Sociais com ênfase em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2017). Atualmente é professora da Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA, Instituto de Ciências da Sociedade - ICS, Curso de Ciências Econômicas e Líder do "Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão Socioeconômica da Amazônia - GEPESA" do CNPq.

Sandro Augusto Viégas Leão, Ufopa

Realizou graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Pará. Mestrado em Ciências no curso de pós-graduação em Desenvolvimento Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Doutorado pelo programa de pós-graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Professor da Universidade Federal do Oeste do Pará no curso de Ciências Econômicas.

Felipe de Lima Bandeira, Ufopa

Doutor em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), mestre em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). No período de 2021-2023 foi professor substituto no curso de Administração da Universidade Federal do Oeste do Pará.

Referências

ABRAMOVAY, Ricardo Magalhães. Acesso dos Agricultores Familiares aos Mercados de Biodiesel. Parceria entre Grandes Empresas e Movimentos Sociais. IN: TEXTOS DE DISCUSSÃO PARA A FIPE. Vol. 6. São Paulo, 2007. Disponível em: http://www.fipe.org.br/web/publicacoes/discussao/textos/texto_06_2007.pdf. Acesso em: 10/09/2020:

ADM. Nossa Empresa. Disponível em: https://www.adm.com/adm-worldwide/brazil. Acesso em 10/09/2020.

AGROPALMA. Quem Somos. 2020. Disponível em: https://www.agropalma.com.br/quem-somos/a-agropalma. Acesso em 10/09/2020.

ANP. Produção de Biocombustíveis. 2020. Disponível em: http://www.anp.gov.br/. Acesso em: 15/09/2020.

BACKHOUSE, Maria. A Desapropriação Sustentável da Amazônia: o caso dos investimentos em dendê no Pará. IN: FAIR FUEELS? WORKING PAPER. N. 06, Berlim, set. 2013, p. 1-32 p.

BELEMBIOENRGIA. Sobre a Empresa. 2020. Disponível em: http://www.belembioenergia.com.br/sobre/. Acesso em: 10/09/2020.

BIOPALMA. Quem somos e Onde Estamos. 2020. Disponível em: https://www.biopalma.com.br/. Acesso em: 10/09/2020.

CARVALHO, Adriana Claúdia Alves de; NAHUM, João Santos. Dendeicultura e Migração em Tomé-Açu (Pará): o cado da vila Forquilha. IN: INTERESPAÇO – REVISTA DE GEOGRAFIA E INTERDISCIPLINARIDADE. Vol. 05, N. 16, Grajú-MA, abr. 2019, p. 01-23.

CORRÊA, Heleni Castro Lavareda. O Cultivo do Dendê na Empresa Agropalma: trabalho degradante e precarizado. 128f. Dissertação (Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Direito. Centro Universitário do Estado do Pará, CESUPA, Belém-PA, 2016. Disponível em: https://www.cesupa.br/MestradoDireito/dissertacoes/DISSERTAcaO_Heleni%20Lavareda.pdf. Acesso em: 09 de setembro de 2019.

DENPASA. História. 2020. Disponível em: http://denpasa.com.br/pt-br/historia/. Acesso em: 10/09/2020.

EMBRAPA. Zoneamento Agroecológico do Dendezeiro para as Áreas Desmatadas da Amazônia Legal. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <http://www.cnps.embrapa.br/zoneamento_dende/ZonDende.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2019.

FLEXOR, Georges; KATO, Karina. Políticas de Promoção dos Biocombustíveis e Agricultura Familiar: o que sugerem as recentes experiências internacionais? IN: GRISA, Catia; SCHNEIDER, Sergio (Ogs.). Políticas Públicas de Desenvolvimento Rural no Brasil. Porto Alegre, RS: Editora da UFRGS, 2015, p. 311-338

IBGE. Sistema IBGE de Recuperação Automática. 2019. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/home/pimpfbr/brasil. Acesso em: 15 de novembro de 2019.

IBGE. Censo Agropecuário. 2017. Disponível em: www.sidra.ibge.gov.br/. Acesso em: 14/09/2020.

IMAZON. Nota Técnica sobre o Projeto de Lei Estadual nº 129/2019 que altera as regras para regularização fundiária no Pará. 2019. Disponível em: https://k6f2r3a6.stackpathcdn.com/wp-content/uploads/2019/07/NotaTecnica_PL-129_Imazon.pdf. Acesso em: 16 de novembro de 2019.

LEÃO, Andréa Simone Rente. Na Trilha da Estrada: (des) caminhos do Plano BR-163 Sustentável como concepção para o desenvolvimento na Amazônia. 384 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade. Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.

MIRANDA, Rogério Rego; SILVA, Marco Alexandre Pimentel. Das Agroestratégias aos Eixos Territoriais do Agronegócio do Estado do Pará. IN: BOLETIM DA LUTA. N. 99. Presidente Prudente-SP, mar. 2016, p. 1-29.

MOTA, Dalva Maria da; RIBEIRO, Laiane; SCHMITZ, Heribert. A organização do trabalho familiar sob a influência da produção de dendê em Tomé-Açu, Pará. IN: BOLETIM DO MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI. CIÊNCIAS HUMANAS. Vol. 14, n. 2, Belém, maio-ago. 2019, p. 531-551.

NAHUM, João; MALCHER, Tiago. Dinâmicas Territoriais do Espaço Agrário na Amazônia: A Dendeicultura na Microregião de Tomé-Açu (PA). IN: REVISTA CONFINS. Vol. 16, São Paulo, 2012, p. 1–20.

NAHUM, João Santos; SANTOS, Cleison Bastos dos. A Dendeicultura na Amazônia Paraense. IN: GEOUSP – Espaço e Tempo. Vol. 20, N. 02, São Paulo, 2016, p. 281-294. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/122591. Acesso em: 12 de setembro de 2019.

PALMASA. Quem Somos. 2020. Disponível em: http://www.palmasa.com.br/index.php/pt/quem-somos. Acesso em: 10/09/2020.

MARBORGES. Quem somos. 2020. Disponível em: http://www.marborges.com/quem-somos/missao/. Acesso em: 10/09/2020.

SILVA, Edfranklin Moreira da; NAVEGANTES-ALVES, Livia de Freitas. Transformações no Sistema de Produção Familiares Diante a Implantação do Cultivo de Dendê na Amazônia Oriental. IN: REVISTA DEMA – DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE. Vol. 40, Curitiba-PR, abr. 2017, p. 345-364.

SILVA, Elielson Pereira da. Agroestratégias e Monocultivoos de Dendê: a transferência silenciosa das terras da reforma agrária para o grande capital na Amazônia paraense. 242f. Dissertação (Mestrado no Núcleo de Meio Ambiente) Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7630. Acesso em: 12 de setembro de 2019.

SILVA, Elielson Pereira; MAGALHÃES, Sônia Barbosa; FREITAS, André Luís Assunção de. Monocultivos de Dendezeiros, Capital Transnacional e Concentração de Terras na Amazônia Paraense. IN: CAMPO-TERRITÓRIO: revista de geografia agrária. Edição Especial, Uberlândia-MG, jun. 2016, p. 165-195. http://www.seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/30699. Acesso em: 30 de novembro de 2019.

SILVA JÚNIOR, José de Ribamar Bento da. A Inserção da Matriz Produtiva do Dendê em Áreas Antropizadas: contribuição para um ambiente sustentável. 123f. Dissertação (Mestrado Profissional de Uso Sustentável de Recursos Naturais em Regiões Tropicais) Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável, Belém, 2017. Disponível em: http://www.itv.org/publicacao/a-insercao-da-matriz-produtiva-do-dende-em-areas-antropizadas-contribuicao-para-um-ambiente-sustentavel/. Acesso em: 12 de setembro de 2019.

SOUSA, Claudiane de Fátima Melo de. Projetos de Desenvolvimento para Amazônia e a Expansão da Dendeicultura. IN: PAPER NAEA. Vol. 28. N. 1 (406), Belém-PA, 2019, p. 115-136. Disponível em: https://periodicos.ufpa.br/index.php/pnaea/article/view/7595. Acesso em: 12 de setembro de 2019.

VILLELA, Alberto Arruda. Expansão da Palma na Amazônia Oriental para Fins Energéticos. Rio de Janeiro: UFRJ/ COPPE, 2014.

Downloads

Publicado

2023-12-26

Como Citar

Rente Leão, A. S., Viégas Leão, S. A., & de Lima Bandeira, F. (2023). DINÂMICAS PRODUTIVAS DO DENDÊ NO ESTADO DO PARÁ . Cadernos Cajuína, 8(3), e238309. https://doi.org/10.52641/cadcajv8i3.106

Edição

v. 8 n. 3 (2023): Fluxo Contínuo

Seção

Artigos Interdisciplinares

Licença

Copyright (c) 2023 CC-BY-NC-ND

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Informações:

    1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
    2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
    3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
    4. Nenhuma taxa ou contribuição será solicitada aos autores. A revista não cobra nenhum tipo de valor nem a seus autores, nem a seus leitores. Nossa política é de incentivo ao compartilhamento público e livre do conhecimento.