UMA ANÁLISE DAS DENÚNCIAS DA PERSONAGEM PRETA SUSANA NO ROMANCE ÚRSULA DE MARIA FIRMINA DO REIS
DOI:
https://doi.org/10.52641/cadcajv9i1.194Palavras-chave:
Úrsula, marcas da violência, Literatura Afro-Brasileira, Maria Firmina dos ReisResumo
O objetivo é investigar de que formas ocorrem as marcas da violência na escrita antiescravistas de Maria Firmina dos Reis, por meio da personagem preta Susana, no romance Úrsula. A metodologia é de caráter qualitativo e documental, tendo como principal objeto de estudo a obra Úrsula de Reis (2017) e como embasamento teórico autores que trabalham sobre a literatura afro-brasileira como, Cuti (2010), Duarte (2007), Evaristo (2005), autores que tratam sobre violência e suas tipologias, citando Grossi (2012), Severiano (2018) e outros. Com base nisso, os estudos traçam uma abordagem sobre a figura de resistência na literatura afro-brasileira, com Maria Firmina dos Reis, trabalhando também os termos literatura afro-brasileira e negro-brasileira. A pesquisa faz uma abordagem sobre violência e algumas de suas tipologias, com base nessa abordagem a análise da personagem Preta Susana, na obra Úrsula.
Referências
ALVES, Doranei. Violências contra as mulheres negras: Correntes Invisíveis do Racismo Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos), Florianópolis, 2017.
ANDRETA, Bárbara Loureiro. A Literatura Afro-Brasileira de Autoria Firmina: Um estudo de Úrsula, de Maria Firmina dos Reis. Revista ao pé da Letra- Volume 15.2-2013. Disponível em: https://periódicos.ufpe.br/revista/pedaletra/article/download/231814/25958 Acesso em: 22 de nov. de 2021
BRAEM, Eloisa P. C. A.; OLIVEIRA, Paulo Cesar S. Representações da violência na literatura: apontamentos para uma possível apresentação PragMATIZES - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura, Niterói/RJ, Ano 10, n. 18, p. 18-33, out. 2019 a março 2020.
BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. 40. ed. São Paulo: Editora Cultrix, 1994.
COELHO, Elza Berger Salema. SILVA, Anne Carolina Luz Grudtner, LINDNER, Sheila Rubia. Violência: definições e tipologias [recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina; organizadores, Elza Berger Salema Coelho, Anne Carolina Luz Grüdtner Silva, Sheila Rubia Lindner. — Florianópolis : Universidade Federal de Santa Catarina, 2014.
CUTI, Luiz Silva. Literatura negro-brasileira / Cuti -São Paulo: Selo Negro, 2010.
DUARTE, Constância Lima. Gênero e etnia no nascente romance brasileiro: Úrsula. In: Revista de Estudos Feministas, v. 13, n. 2, maio/ag., 2005, p.443-444.
DUARTE, Eduardo de Assis (Org.). Machado de Assis afrodescendente. 2. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Pallas; Belo Horizonte: Crisálida, 2007.
DUARTE, Eduardo de Assis. Literatura Afro-brasileira: um conceito em construção, Estudos de Literatura Contemporânea. núm, 31, 2008, pp.11-23. Universidade de Brasília. Brasília, Brasil. Disponível em: http//www.redalyc.org/articulo.oa? id=323127095001
EVARISTO, Conceição. Da representação à auto-apresentação da Mulher Negra na Literatura Brasileira. Ensaios. Revista palmares set 2005 nova entrevista...- Fundação Cultural Palmares. Disponível em: https://www.palmares.gov.br > sites> download. Acesso em: 15 de nov. de 2018.
EVARISTO, Conceição. Olhos d’água 1 ed. – Rio de Janeiro: Pallas: Fundação Biblioteca Nacional, 2016.
EVARISTO, Renata Lourdes Linhares Severiano. - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN, 2018. 129p.
FERREIRA, Cacio José; SILVA, Tatiane da Conceição. MINHA COR, MINHAS MARCAS: Ficção e história na obra Úrsula, de Maria Firmina Dos Reis. Revista DECIFRAR. Amazonas. v. 10, n. 20, p. 63-87, 2022. Disponível em: https://periodicos.ufam.edu.br/Decifrar/index. Acesso em: 14 de mai. de 2023.
GROSSI, Patrícia Krieger. Violência e gênero: coisas que a gente não gostaria de saber – 2. ed. Atual. Ampl. – Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012. OMS (Organização Mundial da Saúde), via site. Disponível em: https://pensadoranonimo.com.br/violencia-psicologica-e-a-forma-mais-subjetiva-de-agressao-contra-a-mulher/> Acesso em: 20 de fev. de 2023.
GINZBURG, Jaime. Crítica em tempos de violência. São Paulo: Edusp, 2012.
JESUS, Carolina Maria. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10. ed. São Paulo: Àtica, 2014. 200 p.
LOPEDOTE, Maria de Lourdes; KOVASKI, Josoel. A Literatura e a Imagem Afro-Brasileira. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Os desafios da escola pública paranaense na perspectivas do professor PDE, 2014. Curitiba: SEED/PR, 2016. V.1. (Cadernos PDE). Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_unespar-uniaodavitoria_port_artigo_maria_de_lourdes_lopedote.pdf. Acesso em: 19 de set. de 2022.
MUZART, Zahidé. UMA PIONEIRA: FIRMINA DOS REIS. Muitas Vozes [S. I.], V. 2, n. 2, p. 247-260, 2014. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index,php/muitasvozes/article/view/6400. Acesso em: 14 de mai. de 2023.
PAIM, Luciana de Lima; UMBACH, Rosani Ketzer. Duzu-Querença, Salinda e Luamanda: uma representação da violência contra a mulher em Olhos d’água, de Conceição Evaristo. 2017. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br. Acesso em: 10 de fev. de 2023.
REIS, Maria Firmina dos.Úrsula: romance; A escrava: conto. Maria Firmina dos Reis. 6. ed. Belo Horizonte: Editora PUC Minas, 2017.
SALES, Maria Beatriz Ribeiro. OLIVEIRA, Thyara Lyssa Fernandes. JÚNIOR, Vicente Celeste de Oliveira. Violência de gênero contra a mulher sob a ótica da Literatura Brasileira. 2022. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br. Acesso em: 23 de Jan. de 2023.
SAFFIOTI, Heleieth I. B. Gênero, Patriarcado, violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
SAFFIOTI, Heleieth I. B. Gênero, Patriarcado, Violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2015.
SEVERIANO, Renata Lourdes Linhares. Violência, trauma e empoderamento representados nas Insubmissas lágrimas de mulheres, obra ficcional de Conceição Evaristo / Renata Lourdes Linhares Severiano. - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN, 2018. 129p.
SILVA, Marcelo Medeiros. Práticas de escrita feminina: o exercício da resistência. Revista Verbo de Minas. Juiz de Fora, v.13, n. 21, jan/jul. 2012. Disponível em: https://seer.uniacademia.edu.br/index.php/verboDeMinas/article/view/189/114. Acesso em: 10 dez. de 2023.
SOBRAL, Cristiane. Não vou mais lavar os pratos. Brasília: ed. do Autor, 2011.
TOLEDO, Michele Abdo Merlone dos Santos. Um estudo acerca de crianças vítimas de violência em uma instituição de atendimento em Campo Grande-MS. Campo Grande: Universidade Católica Dom Bosco , 2003. 156p. Dissertação (Mestrado em Psicologia). Universidade Dom Bosco, Campina Grande, 2003.
ZIN, Rafael Balseiro. Maria Firmina dos Rei: a trajetória intelectual de uma escritora afrodescendente no Brasil oitocentista. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2016. Disponível em https://tede.pucsp.br/bitstream/handle/19479/2/Rafael%20Balseiro%Zin.pdf Acesso em 12 de fevereiro de 2020.
ZIN, Rafael Balseiro. Literatura e afrodescendência no Brasil: Condições e possibilidades de emergência de um novo campo de estudo. Caderno Seminal Digital, n° 29, v. 29(JAN-JUN/1018) Disponível em: http://dx.doi.org/10.12957/cadsem.2018.30978 Acesso em: 13 de fevereiro de 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 CC-BY-NC-ND
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Informações:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
- Nenhuma taxa ou contribuição será solicitada aos autores. A revista não cobra nenhum tipo de valor nem a seus autores, nem a seus leitores. Nossa política é de incentivo ao compartilhamento público e livre do conhecimento.