UMA CONVERSA ENTRE DOIS PROFESSORES DE LÍNGUAS:
Corpovivências com a Educação Linguística Crítico-Dialógica no contexto amazônico
DOI:
https://doi.org/10.52641/cadcajv9i1.213Palavras-chave:
Educação Linguística Crítico-Dialógica, corpovivências, professores de línguas, contexto amazônico, Óbidos-PAResumo
Neste artigo, temos como objetivo mobilizar nossas corpovivências com a Educação Linguística Crítico-Dialógica (ELCD) ocorridas durante o ano de 2023 no município de Óbidos-PA, lugar em que habitamos até o momento da escrita deste texto. Para tanto, resgatamos memórias afetuosas que coconstruímos com o nosso alunado em nossas aulas, bem como aquelas experienciadas com as chuvas, o calor, as árvores, os pássaros e os botos. Isso porque temos aprendido, nesses espaços preenchidos de cosmopercepções outras, a enxergar nossas relações de um lugar não-antropocêntrico. Desse modo, optamos por estabelecer uma conversa sobre as nossas praxiologias, que podem servir de inspiração para outras/os docentes, mas não só isso. Trata-se de assumirmos a inviabilidade de pensarmos quaisquer vivências na ausência do Outro, seja ele humano ou não. Daí a importância de reiterarmos que este texto não é apenas sobre nós, mas sobre as múltiplas experiências que nos constitui no contexto amazônico. Em suma, trata-se de um texto que busca produzir um retrato parcial e um registro histórico daquilo que coconstruímos em nossas práticas, partindo de um viés crítico-dialógico e narrativo.
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