Além do Espectro: Educação para a alteridade na inclusão do autismo
DOI:
https://doi.org/10.52641/cadcajv9i3.298Palavras-chave:
Autismo, Inclusão., alteridade, Educação, AntropizaçãoResumo
O presente artigo aborda a interseção entre autismo e alteridade, destacando a importância de reconhecer e respeitar as diferenças individuais para promover a inclusão efetiva das pessoas com Transtorno do Espectro Autista na sociedade, contribuindo para superação de preconceitos e estigmas relacionados ao autismo. Os dados foram obtidos a partir de orientações de uma pesquisa qualitativa desenvolvida em curso de mestrado em Estudos Antrópicos na Amazônia junto a Universidade Federal do Pará. Para tanto, foram consideradas tanto as contribuições teóricas sobre alteridade quanto as evidências empíricas provenientes de um survey, tendo como amostra vinte e dois trabalhos selecionados, a partir do ano de 1990. Inicialmente, discutiu-se sobre as características do autismo que podem levar ao isolamento e dificultar a interação social, bem como, a capacidade do estabelecimento de conexões significativas com outros de maneira singular. Em seguida se explorou o papel crucial do ambiente familiar e escolar na promoção da Educação para alteridade e na garantia dos direitos das crianças com autismo, enfatizando a criação de espaços de convivência pacífica e respeitosa, reconhecendo a singularidade de cada indivíduo como parte essencial de uma sociedade inclusiva e equitativa. Após essas discussões, descrevemos excertos sobre a interlocução entre alteridade, direitos das crianças com autismo e princípios familiares destacando a necessidade de uma abordagem interdisciplinar e holística para enfrentar os desafios do autismo, visando melhorar a qualidade de vida e promover uma convivência mais harmoniosa e solidárias.
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