Crítica Unanimista de Hountondji à Bantu Philosophy de Tempels e à Etnofilosofia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52641/cadcajv9i3.315

Resumo

A pretensão do presente artigo é apresentar, de forma analítica, um breve panorama reflexivo em torno da incontornável crítica unanimista tecida por Hountondji à etnofilosofia de Placide Tempels patente na sua obra Bantu Philosophy. Para tal, de modo sucinto, apresenta a compreensão do que seja filosofia africana como qualquer outra filosofia na perspectiva de Hountondji (não pode ser resultado da unanimidade, isto é, do consenso, fruto da visão e/ou pensamento colectivo do mundo, mas da confrontação de pensamentos individuais, ou seja, da discussão e/ou debate) e, por conseguinte, a razão de ser das críticas tecidas à obra de Tempels, sobretudo os seus pontos fortes que, juntamente com a grande obra de African Philosophy de Hountondji, criaram um movimento intelectual e que, nos últimos anos, para além de merecer uma atenção especial, têm incitado debates interessantes e bastantes vigorosos.

Biografia do Autor

Rosa Alfredo Mechiço

Bacharel em Ciências de Educação (UCM), graduada em Ciências Religiosas (ISMMA), graduada e Mestre em Educação/Ensino de Filosofia e Doutora em Filosofia (UPM). Na Universidade Pedagógica de Maputo leciona as disciplinas de Filosofia da Educação e Didática de Filosofia I, II, III e IV. E-mail: [email protected]

 

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Publicado

2024-05-26

Como Citar

Mechiço, R. A. (2024). Crítica Unanimista de Hountondji à Bantu Philosophy de Tempels e à Etnofilosofia. Cadernos Cajuína, 9(3), e249306. https://doi.org/10.52641/cadcajv9i3.315

Edição

Seção

Artigos Interdisciplinares