O tempo e a expressão da alteridade nos fundamentos para uma biologia filosófica de Hans Jonas
DOI:
https://doi.org/10.52641/cadcaj.v2i2.153Palavras-chave:
Matéria, Alma, Princípio VidaResumo
RESUMO: Como habitantes da nave Terra em um momento histórico em que o ser
humano ou esquece-se de deslumbrar-se com o fato de estar vivo, em atos de consumo que
extrapolam e agridem tanto sua necessidade quanto a sua liberdade de viver, ou relaciona-se
de forma desmembrada com o fenômeno da vida, desconectando-se da interdependência
entre sua alma e seu corpo, e o profundo envolvimento que este binômio mantém com
toda a sua vizinhança concreta e sutil, pode ser instigador nos depararmos com um
pensamento, como o do filósofo alemão Hans Jonas, que procura resgatar e atualizar os
princípios da vida. Ao fazer isso, acusa colateralmente o nosso atual mergulho nos
princípios da morte como parâmetro equivocado para o viver. Aluno de Martin Heidegger
e seguidor da tradição hilemórfica de Aristóteles, Jonas afirma que na mais elementar
expressão do orgânico, a dimensão espiritual está presente, assim como o orgânico
permanece nas mais elevadas expressões do espírito. É nesta complexa e, para ele,
indissociável relação entre corpo e espírito que este filósofo irá percorrer sua investigação.
De acordo com o sentido natural das investigações aristotélicas sobre a alma como
princípio de movimento ter recaído em um estudo sobre o comportamento humano, Jonas
também irá se deparar, como efeito colateral dos seus estudos, com a necessidade de alertar
para a ética. E a ênfase da sua ética está em um voltar-se para o futuro. O futuro como um
conceito intrínseco ao fenômeno da vida. Procuraremos com nossa breve apresentação
passar por alguns dos principais conceitos com que Jonas trabalha esta relação entre corpo,
espírito, princípio vida e ética.
Palavras-chave: Matéria; Alma; Princípio Vida.
Referências
JONAS, Hans. O Princípio Vida: Fundamentos para uma Biologia Filosófica. Petrópolis: Vozes,
MORRIS, Desmond. O macaco nu: um estudo do animal humano. Rio de Janeiro: Record, 1996.
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