VOZES DO LITÍGIO PIAUÍ-CEARÁ
TERRITÓRIO E IDENTIDADE EM COMENTÁRIOS DE INTERNAUTAS A PARTIR DE CONTEÚDOS JORNALÍSTICOS
DOI:
https://doi.org/10.52641/cadcajv8i3.95Palavras-chave:
Identidade; Território; Litígio territorial; Internet.Resumo
O presente artigo propõe a análise de comentários de internautas em conteúdos jornalísticos sobre o litígio territorial entre os estados do Piauí e Ceará, suscitando debates sobre “ser piauiense/ser cearense”. A pesquisa é um estudo de caso que tem procedimentos empíricos, exploratória qualitativa, com o uso da técnica de análise de conteúdo. Consulta-se autores como Hall (2002), Canclini (2013), Santos (1992) e Feitosa (2018). A coleta de dados se dá em conteúdos jornalísticos digitais, de diferentes plataformas, que ensejam os comentários; o formato digital evidencia a internet como meio de veiculação, expressão e formação de opinião na atualidade, com toda uma abertura, o que se vê nos comentários postados pelos próprios leitores. Adota-se a técnica de análise de conteúdo categorial, que permite fazer inferência - a partir de certas categorias/temáticas - do que pensam os internautas sobre o tema. Conclui que o território ainda é evocado como de relevante papel na identificação dos sujeitos, mesmo em tempos onde a globalização e a internet parecem homogeneizar o globo; constata relativa ausência de maior participação popular na questão do litígio. Tal fato, atrelado a constatação anterior, contribui para que o território não saia da discussão da identidade, qualificando a compreensão de ambos, suas relações, sua vivência.
Referências
BRASILEIRO, Ada Magaly Matias. Manual de produção de textos acadêmicos e científicos. São Paulo: Atlas, 2013.
CANCLINI, Nestor García. Culturas híbridas. Tradução de Heloísa Pezza Cintrão, Ana Regina Lesssa e tradução da introdução por Gênese Andrade. 4. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2013.
FEITOSA, Maria Zelfa de Souza et al. Afetividade, território e vulnerabilidade na relação pessoa-ambiente: um olhar ético político. Fractal: Revista de Psicologia, v. 30, n. 2, p. 196-203, maio-ago. 2018. doi: https://doi.org/10.22409/1984-0292/v30i2/5505. Disponível em https://www.scielo.br/j/fractal/a/FVQPHfrwtSSmZGwdxKwNCWD/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 18 de setembro de 2022.
GONDIM, Lucas Bezerra. A fronteira enquanto lugar: a identidade transfronteiriça na área litigiosa entre Ceará e Piauí. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Ceará, 2022. Disponível em https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/65128. Acesso em 18 de setembro de 2022.
HALL, Stuart. A identidade cultural na Pós-Modernidade. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 7. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
MOREIRA, Ruy. Pensar e ser em Geografia. São Paulo: Contexto, 2007.
RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. Tradução de Maria Cecília França. São Paulo: Ática, 1993.
SAMPAIO, Rafael Cardoso; LYCARIÃO, Diógenes. Análise de conteúdo categorial: Manual de aplicação. Brasília: ENAP, 2021. Disponível em https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/6542/1/Analise_de_conteudo_categorial_final.pdf. Acesso em 30 de outubro de 2022.
SANTOS, Milton. Espaço e Método. São Paulo: Nobel, 1992.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 CC-BY-NC-ND
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Informações:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
- Nenhuma taxa ou contribuição será solicitada aos autores. A revista não cobra nenhum tipo de valor nem a seus autores, nem a seus leitores. Nossa política é de incentivo ao compartilhamento público e livre do conhecimento.
