Algumas Reflexões sobre classes oprimidas

Por uma pedagogia decolonial e libertadora

Autores

  • José Cledinaldo dos Santos Guerra Universidade Federal do Piauí

DOI:

https://doi.org/10.52641/cadcajv8i2.85

Resumo

Neste artigo objetiva-se refletir sobre a defesa de classes oprimidas em nossa sociedade. Com este fim, foi criado um curso de extensão no departamento de letras espanhol em uma universidade pública no estado do Piauí. A metodologia adotada está a cargo da pesquisa-ação (THIOLLENT, 2011). A finalidade do curso era o ensino de leitura e produção textual em espanhol. O embasamento teórico fica a cargo do letramento crítico (FREIRE, 1987, 2014, 2016; JANKS, 2016, 2018; DUBOC, 2016) aprendizagem de língua adicional (PAIVA, 2014); leitura e escrita (KALANTZIS; COPE; ZAPATA, 2019) e decolonialidade (WALSH, 2017; QUIJANO, 2007, MALDONADO TORRES, 2007). Estes suportes teóricos embasam esta pesquisa para uma análise sobre a aprendizagem de língua adicional. Os resultados mostram que além da produção textual, os aprendizes conseguiram refletir e valorizar as classes de trabalhadores representados pelos sapateiros, flanelinhas e lavadores de carro. Da mesma maneira, estas futuras professoras construíram reais significados e desenvolveram ações críticas, reflexões e mudanças na maneira de pensar e agir.

Referências

FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. 14. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Tolerância. 3. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2014.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1987.

GOMES, Luiz F. Redes sociais e escola: o que temos de aprender? In: ARAÚJO, J.; LEFFA, V. (orgs.) Redes sociais e ensino de línguas – o que temos de aprender? São Paulo: Parábola Editorial, 2016.

JANKS, Hilary. Panorama sobre letramento crítico. In: In: JESUS, Dánie Marcelo de; CARBONIERI, Divanize (orgs). Práticas de multiletramentos e letramento crítico: outros sentidos para a sala de aula de línguas. Campinas, SP: vol. 47, Pontes Editores, 2016, p.21-39.

JANKS, Hilary. A importância do letramento crítico. Letras & Letras. Uberlândia, v.34.n. 1 p.15-27, jan./jun.,2018.

KALANTZIS, Mary. COPE, Bill. ZAPATA, Gabriela C. Las alfabetizaciones múltiples: teoría y práctica. Barcelona. Octaedro Editorial,2019.

KERSCH, Dorotea Frank.; COSCARELLI, Carla Viana. Pedagogia dos multiletramentos: alunos conectados? Novas escolas + novos professores. In: KERSCH, Dorotea Frank.; COSCARELLI, Carla Viana.; CANI, Josiane Brunetti. (orgs.) Multiletramentos e Multimodalidade: Ações Pedagógicas aplicadas à linguagem. Campinas, SP: Pontes Editores, 2016, p. 7-14.

LORENZI, Cristina Correr; PÁDUA, Tainá-Rekã Wanderley. Blog nos anos iniciais do fundamental I: a reconstrução de sentido de um clássico infantil. In: ROJO, Roxane; MOURA; Eduardo (orgs.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola editorial, 2012.

MATA, Francisco Salvador. ORTEGA, José Luis Gallego. Enfoque didáctico para la socialización. In: RIVILLA, Antonio Medina. MATA, Francisco Salvador. Didáctica General. Pearson Educación, Madrid,2002. p. 273-299.

MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón. (ogrs). El giro decolonial. Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global.Bogotá: Siglo del Hombre Editores, 2007, p. 127-167.

NEVES, Janete dos Santos Bessa. Estudo Semântico-enunciativo da modalidade em artigos de opinião. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro, 2006, p. 206.

PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira. Aquisição de segunda língua. São Paulo: Parábola editorial, 2014.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo. (Org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais Perspectivas latino-americanas. Coleção Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. setembro 2005. p. 107-130.

ROBINSON, Ken. Escuelas creativas: la revolución que está transformando la educación. Buenos Aires, Grijalbo, 2015.

ROJO, Roxane Helena R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009.

ROMANOWSKI, Joana Paulin. Formação e profissionalização docente. Curitiba, Editora Ebpex, 2007.

SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento. 7.ed. 2ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2018.

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 18ª ed. 6ª reimpressão. São Paulo, Editora Cortez, 2011.

WALSH, Catherine. Pedagogías Decoloniales. Práticas Insurgentes de resistir, (re)existir e (re)vivir. Serie Pensamiento Decolonial. Editora Abya-Yala. Equador, 2017.

Downloads

Publicado

2023-07-28

Como Citar

dos Santos Guerra, J. C. (2023). Algumas Reflexões sobre classes oprimidas: Por uma pedagogia decolonial e libertadora. Cadernos Cajuína, 8(2), e238233. https://doi.org/10.52641/cadcajv8i2.85

Edição

Seção

Artigos Interdisciplinares